domingo, 25 de julho de 2010

Sou .


Sou sim, tudo o que essa dor ensina
E esses olhos choram
E esse peito sente.
Sou um pouco de cada pensamento
Dos homens revestidos de máquinas
Memórias póstumas e descobertas em uma mente.

Sou mesmo qualquer palavra ouvida
Entre silêncios de angústias tidas,
Que nem sei se procuradas,
Tampouco prometidas.

Sou a ponte pensada para o infinito
Em algum momento ileso achado.
A sutil diferença entre o feio e o bonito,
Preso num universo de átomos transformados.

Sou sim, esse caminho pequenino
Escondido numa escolha repensada
Força animal num corpo de menino
Dentro dessa enorme e bela estrada.

Kaio Oiticica

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O que há em mim.


(...)Entre mim e o que há em mim
Corre um rio sem fim
Que desagua,
E nasce a cada passo
Num fragmento simples, bonito
Ladeando em direção ao infinito.

Em cada rua um amor
Cada esquina um abrigo
Desafiando a dor
De quem procura um amigo.

Nas estrelas, ao redor
Um crescente brilho desafiando notas
De um sol maior.
Num violão:
Onde notas são meras trapaças do coração.

Num esquecido clichê
Fui morar,
Pensei numa surpresa encontrar você
e com você me aventurar.

Kaio Oiticica.